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Texto-base e reflexão: Salmos 128
Lar não é uma mera estrutura física onde vive uma família. Deus planejou o lar para ser parte central da nossa vida. Lar é onde o coração se forma. Há algo muito dinâmico nessa ligação entre o lar e o ser humano. Dentro do lar, nosso coração pode ser magoado ou endurecido pelo que vivenciamos, ou fortalecido e seguro pelo que acontece ali.
Família é projeto do céu! É lugar de acolhimento, de proteção, de crescimento, de multiplicação, de conquistas. Esse foi o plano desde o início. Deus fez assim com Adão e Eva, depois com Noé ao ordenar: “Crescei e multiplicai-vos”, e posteriormente com Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12.3)
Deus faz grandes coisas por meio das famílias. Mas por que, para muitos, o ambiente familiar traz à mente sofrimento, acusações, confusão, estresse ou abandono? Qual é o motivo de tanta distorção em relação ao que realmente deveria ser?
No lugar de relacionamento e intimidade, vemos frieza e distanciamento.
Muitos enfrentam dificuldades para viver o propósito de Deus no casamento, bem como para experimentar alegria no relacionamento com seus filhos.
Deus colocou a primeira família em um paraíso — um lugar perfeito. Não havia reservas, nada a esconder um do outro, havia cumplicidade. Eles governavam sobre tudo. Governar está relacionado à proteção e provisão. Eles cultivavam e guardavam, e tinham poder e potencial para gerar e fazer crescer. Viviam em harmonia. No entanto, foram fracos e desobedeceram.
A partir do momento em que desobedeceram a Deus e se deixaram dominar por seus desejos — cedendo à própria vontade e aspirações pessoais —, caíram. Com a queda, vieram os problemas: desunião, doenças, a terra passou a produzir abrolhos e espinhos, e também houve maldição sobre os descendentes. O ambiente passou a ser de acusação e confusão. Surgiram o estranhamento, a vergonha, a desunião e a frustração.
Você tem responsabilidade na desordem da qual se queixa. “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?” (Tiago 4.1)
Reconhecer nossa parte naquilo que nos causa sofrimento é o primeiro passo para o arrependimento.
Mas há uma boa notícia: nem tudo está perdido! Em Deus há sempre oportunidade de um recomeço. Talvez você se sinta culpado pelos erros e condenado pelas consequências.
De fato, em nós mesmos, não há nada de bom.
É necessário nos humilharmos diante de Deus, nos apropriarmos do favor imerecido por meio de Jesus e, a partir disso, decidir viver bem. Contudo, o fato de a graça nos alcançar não significa que Deus fará tudo. Há um grande esforço da nossa parte. Deus não realiza aquilo que compete a cada um de nós. (Hebreus 4.16)
No relacionamento familiar, é necessário olhar para o outro, desejar o bem, se importar, servir, perdoar, se dedicar, construir e edificar. (Tiago 4.17)
Reflita sobre onde caiu, volte-se para Deus. Mude a rota e viva — com esforço e fé — para experimentar o plano original de Deus para a sua família.
Ir. Érica Bittencourt
Oremos:
Senhor, obrigado por Tua Palavra que nos lembra do Teu propósito para a família. Reconhecemos nossas falhas, nossa dureza de coração e tantas vezes nossa omissão. Pedimos que o Senhor nos restaure, nos perdoe e nos ajude a viver conforme Teu plano original. Que em nossos lares haja amor, perdão, comunhão e a Tua presença constante. Ensina-nos a recomeçar e a construir uma família segundo o Teu coração. Em nome de Jesus. Amém!