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“E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo as suas obras injustas)." (II Pedro 2.7-8) Texto-base e reflexão: Gênesis caps. 13–19
Ló, sobrinho de Abraão, é descrito na Bíblia como um homem justo (II Pedro 2.7-8) Ló temia a Deus. Sua justiça não é questionada nas Escrituras. No entanto, ele cometeu um erro decisivo: ao escolher onde viver, não buscou a orientação de Deus. Gênesis 13.10-11 mostra que ele escolheu a terra de Sodoma com base em sua aparência, não em seu caráter moral: “E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão... era toda bem regada... Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão...” Sodoma era uma cidade próspera, mas profundamente corrompida. Ainda assim, Ló se instalou ali, talvez pensando que conseguiria preservar sua integridade mesmo rodeado pela perversão. E, de fato, ele se manteve justo, mas sua família não saiu ilesa.
Sua esposa, ao ser tirada às pressas por anjos da cidade condenada, olhou para trás. “E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.” (Gênesis 19.26) Seu olhar não foi apenas de curiosidade — foi de saudade. O coração dela ainda estava em Sodoma. As riquezas, a vida social, os costumes… algo ali a atraía. A cidade havia deixado marcas.
Após a destruição, vemos outro reflexo perturbador da influência de Sodoma na vida das filhas de Ló. Elas, temendo a extinção de sua descendência, embebedaram o pai e cometeram incesto com ele (Gênesis 19.30-36). Tais ações, inconcebíveis à luz da moral ensinada por Deus, revelam um padrão de pensamento distorcido, possivelmente assimilado na convivência com uma sociedade moralmente falida.
Esses episódios nos mostram como mesmo famílias tementes a Deus podem ser influenciadas pelo ambiente ao redor. Hoje, não vivemos em Sodoma, mas vivemos em um mundo que também chama o mal de bem e o bem de mal (Isaías 5.20).
Não podemos nos isolar completamente, como Jesus mesmo orou: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (João 17.15) Como blindar nossa família? Segue aqui alguns conselhos que nos ajudarão:
1. Oração constante e vigilância – Ló estava na cidade, mas se afligia diariamente. Precisamos orar para que nosso coração não se acomode ao pecado ao nosso redor.
2. Ensinar e viver os princípios bíblicos – As filhas de Ló podem não ter sido ensinadas com profundidade, ou foram moldadas mais pelos valores de Sodoma do que pelos de seu pai. Pais devem instruir com firmeza e exemplo (Provérbios 22.6).
3. Escolher bem as companhias e influências – “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (I Coríntios 15.33)
4. Estar no mundo, mas não pertencer a ele – Como Noé e Daniel, devemos ser luz mesmo em meio à escuridão (Mateus 5.14-16).
Que possamos ser como Abraão, que mesmo vivendo próximo, não se misturou com os valores de Sodoma. Que sejamos vigilantes com os olhos e ouvidos da nossa casa, atentos às influências da cultura, da mídia, dos valores que tentam se infiltrar.
Pr. Ivo Toledo
Oremos:
Senhor, ajuda-nos a guardar o nosso coração e o coração da nossa família. Que mesmo vivendo em um mundo corrompido, não venhamos nos conformar com ele. Dá-nos discernimento para escolher onde pisar, sabedoria para educar nossos filhos e força para sermos exemplo de fé e pureza. Livra-nos das armadilhas do inimigo, e guia-nos pelos Teus caminhos. Em nome de Jesus. Amém!