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“Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão dois numa carne.” (Gênesis 2.24)
Desde o início da criação, o casamento foi estabelecido por Deus como uma instituição sagrada, anterior ao pecado, à sociedade e até mesmo à Igreja. Não é um mero contrato social ou um sacramento estabelecido com ritos e propósitos humanos, mas uma santa aliança instituída pelo próprio Criador. O casamento entre um homem e uma mulher é o alicerce da família, e, portanto, da própria estrutura da sociedade.
Nos tempos atuais, temos presenciado um sutil, porém perigoso, desvio dessa verdade: a cultura do “morar junto”, sem qualquer prerrogativa legal que justifique essa atitude, tornou-se uma alternativa comum ao casamento. Esse comportamento, promovido pela mentalidade pós-moderna, representa uma clara tentativa de enfraquecer os laços matrimoniais e, consequentemente, a família. Infelizmente, muitos cristãos ainda não se deram conta disso. O que antes era um compromisso solene diante de Deus e dos homens, agora é, muitas vezes, reduzido a uma conveniência momentânea — sem os objetivos bíblicos, sem aliança, sem honra e sem comprometimento ou expectativa de durabilidade.
Mas a Palavra de Deus permanece firme e imutável. Em Hebreus 13.4, lemos: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” Deus honra o casamento. Ele o estabeleceu não apenas como meio de procriação ou companhia, mas como um reflexo da aliança de Cristo com a Igreja (Efésios 5.25-32). Não há como se falar em família sólida se ela não for edificada sobre um casamento sólido. Lares firmados em promessas frágeis tendem a ruir diante das tempestades da vida. Mas os que estão fundados na aliança de Deus resistem.
O casamento cristão é uma aliança que deve durar até a morte. Jesus ensinou isso com firmeza: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mateus 19.6) Contudo, vivemos em um mundo sob a influência do pecado original, por esta razão casamentos se rompem e há muitas famílias hoje constituídas a partir de um novo casamento. Os motivos para a dissolução da união anterior variam: alguns são amparados pelas Escrituras; outros resultam da dureza do coração humano. É fácil apontar erros e culpados quando não somos parte do problema. A Igreja, no entanto, não pode fechar suas portas para esses irmãos, pois, se “o Senhor é muito paciente e grande em fidelidade, e perdoa a iniquidade e a rebelião”' (Números 14.18 - NVI), o papel da Igreja deve ser o de acolher, amar, ajudar e ensinar a vontade de Deus.
Deus não ignora as limitações humanas, muito menos despreza os que se arrependem e O buscam com sinceridade, portanto, para os que hoje vivem um novo casamento, há esperança e há direção. Se antes viveram fora do padrão divino, agora devem se comprometer a viver segundo a vontade de Deus, honrando essa nova aliança com fidelidade, amor e temor ao Senhor. “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” (Atos 17.30)
O ideal divino é claro: um casamento firmado em aliança, fidelidade e propósito enquanto durar a vida. Se você teve um casamento desfeito por qualquer razão que seja, não se desespere, não carregue o fardo do fracasso, pois o amor e a misericórdia de Deus também alcança aqueles que se desviaram, restaura os feridos e edifica as famílias daqueles que hoje desejam andar em retidão.
Que Deus, em Cristo Jesus, abençoe o seu casamento!
Pr. Ivo Toledo
Oremos:
Senhor Deus, Criador de todas as coisas, agradecemos por Tua santa instituição: o casamento. Ajuda-nos a valorizá-lo como Tu o valorizas. Dá-nos graça para permanecermos fiéis às nossas alianças, e sabedoria para edificar nossas famílias segundo o Teu plano. Perdoa, Senhor, os nossos desvios do Teu propósito e guia os nossos passos para que andemos em Tua verdade. Abençoa, ó Deus, todos os lares – os que estão firmes em Ti e os que buscam restauração. Que em tudo o Teu nome seja glorificado. Em nome de Jesus. Amém!
